A Aromaterapia Biológica é uma mais-valia no cuidado durante a gravidez e no momento do parto, contudo as utilizações devem ser recomendadas e personalizadas por um aromaterapeuta especializado, pois esta deve ser utilizada com cuidado e sabedoria. Existem estudos científicos e estudos piloto que referem que a aromaterapia no seu mais correto uso de óleos essenciais durante o trabalho de parto pode reduzir as necessidades de uso de medicação farmacológica para a dor – “Reed & Norfolk ́s pilot study “– Lynne Norfolk e Lynne Reed aromaterapeutas no Hospital Ipswish, em 1993, realizaram um estudo em 38 grávidas com o óleo essencial de Lavandula officinalis no alívio da dor, usando a técnica de banhos para promover uma melhor dilatação.
Obtiveram como resultado final que 5 gotas de O.E de Lavanda no banho não apresenta qualquer risco para o feto. 34 das 38 mulheres grávidas tiveram mais de 2 dedos de dilatação e todas tiveram uma redução significativa da dor.
No variado leque de óleos essenciais que temos à nossa disposição, com toda a certeza que existem muitos óleos que não podem ser recomendados a grávidas, e mesmo durante o período de gestação muitos são aqueles que não são recomendados durante a gravidez, como é o caso dos óleos essenciais que são tónicos uterinos, mas são uma mais-valia no momento de preparação do parto, para facilitar o momento mais esperado, mas também um pouco temido por todas as mulheres nesta situação. Neste Congresso abordarei alguns pontos da minha experiência com mulheres grávidas e um ponto que para mim é de relevante importância; a preparação e a redução da dor no momento do parto.
Vários estudos foram já desenvolvidos no sentido de entender a forma de como os óleos essenciais atuam e atravessam a placenta. É conhecido que embora a placenta atue como uma barreira contra moléculas de carga neutra e positiva, aquelas moléculas de carga negativa podem atravessar a barreira da placenta de forma fácil (Maickel & Snodgass 1973). É também sabido que pequenas moléculas e moléculas de peso inferior a 1000 são capazes de trespassar a placenta (Baker 1960). Contudo, muitos dos óleos essenciais têm carga negativa e todos eles têm um peso molecular inferior a 250.
Podemos assumir que os óleos essenciais podem ultrapassar as paredes da placenta, porém, os efeitos de todos os óleos no feto ainda não foram estudados. Atravessar a placenta não quer dizer que representem qualquer perigo, ou risco de toxicidade para a grávida ou para o feto.
Apoiando-me em vários estudos científicos fui recomendando a muitas das minhas pacientes a utilização dos óleos essenciais durante a gravidez e o óleo essencial de Lavanda na sua subespécie Lavandula angustifolia foi um dos mais recomendados, no tratamento da ansiedade, na insónia, para promover uma respiração mais profunda e relaxada da futura mamã, mas principalmente para promover e potencializar as dilatações na fase final da gravidez.
Raquel Costa
Presidente APA – Associação Portuguesa de Aromaterapia, Homeopata, Especialista em MTC pela faculdade ICBAS.
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A Aromaterapia na gravidez e na preparação para o parto
- Artigo de Opinião
- Etiquetas: aromaterapia, aromaterapia clinica, aromaterapia clinica biologica, escola aromas e sentidos, raquel costa
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